“Pandemia & Pandemônio: uma exposição artístico-bioética”

15/06/2020 12:39

O Nupebisc promove mais um canal de comunicação via Instagram (acesse aqui), o perfil foi inaugurado com a exposição “Pandemia & Pandemônio: uma exposição artístico-bioética”, realização do NUPEBISC-UFSC e da Sociedade Brasileira de Bioética Regional de Santa Catarina, com curadoria das professoras Marta Verdi e Mirelle Finkler, da Universidade Federal de Santa Catarina.


A exposição está composta por 70 obras produzidas com a técnica bico de pena pelo jornalista e publicitário Nelson Baibich (@_artemtudo). O artista reside temporariamente em Barcelona, onde a pandemia de COVID-19 foi controlada por meio de um isolamento radical da população em todo o país. Do confinamento em casa e sempre em contato com a realidade de nosso país, Baibich aderiu a #yomequedoencasa e foi produzindo, diariamente, obras que expressam sentimentos sobre a pandemia e críticas ao pandemônio que vivemos pela sobreposição das crises sanitária e política, especialmente no Brasil, que é agora o epicentro mundial da pandemia.
Observar a “QuarenteArt” de Baibich é rememorar a nossa trajetória nesses três últimos meses. Vendas e máscaras, torneiras e globos, gaiolas e muros, ampulhetas e calendários, filas e cortejos, globo e caveiras… retratos em preto e branco destes tempos de assombro, insegurança, impaciência. Da angústia pela restrição de liberdade e afastamento social à indignação pela necropolítica derivada do capitalismo neoliberal, sua crítica materializada em desenhos nos convida a uma reflexão sobre nossa vida, valores, escolhas, omissões e lutas. Uma reflexão que precisa ser implicada com a transformação da sociedade, como a que queremos promover com a Marcha
Virtual pela Vida de 9 de junho.
Em suas últimas obras – produzidas na desescalada da pandemia na Espanha, o retorno ao espaço público traz à tela do artista espaços de convívio social – ainda vazios – mas com a cor da natureza que vai surgindo aos poucos em seus desenhos, como a primavera que colore a vida que segue – aquela que muitos e muitas já não poderão mais vivê-la. Observar esses últimos desenhos é prospectar o árduo caminho que temos pela frente para proteger vidas, promover a solidariedade, defender os direitos humanos, o SUS, a democracia, recuperar o meio-ambiente e salvaguardar a biodiversidade.

Acesse a obra completa aqui.